56 mil conbini começam a mudar motivadas pelos 36 milhões de turistas no Japão em 2024
A rede de conbini (lojas de conveniência) no Japão está passando por uma transformação silenciosa, mas significativa: adaptar produtos, rótulos e estratégias de marketing para acolher o crescente número de turistas estrangeiros que visitam o país — mais de 36 milhões só em 2024, segundo a Organização Nacional de Turismo do Japão.A gigante 7-Eleven, por exemplo, vem investindo pesado na inclusão de idiomas estrangeiros nas embalagens e promoções. Produtos populares como os onigiri de wasabi agora trazem o nome do ingrediente em letras romanas com destaque. Já os famosos sanduíches de ovo, que fazem sucesso com os turistas, ganharam versões com ovos cozidos no ponto ideal, ampliando ainda mais a oferta.
Segundo Hiroaki Washino, gerente da área de merchandising da Seven-Eleven Japan, em entrevista para a Nikkei Asia, a empresa precisa “responder ao aumento no número de visitantes ao Japão”, já que o impacto dos gastos de estrangeiros na receita da rede só tende a crescer.
Essa movimentação ocorre em um momento estratégico: o mercado doméstico japonês sofre com saturação e uma população em declínio. Em contraste, os turistas internacionais gastaram cerca de 8,13 trilhões de ienes (aproximadamente 56,4 bilhões de dólares) no Japão em 2024. E mais de 80% desses visitantes preferiram fazer compras nas lojas de conveniência, principalmente pela proximidade com hotéis e atrações turísticas, além da enorme variedade de produtos.
A concorrente FamilyMart também não ficou para trás: em setembro de 2024, criou um departamento exclusivo para atender visitantes estrangeiros, focando especialmente em lojas em áreas turísticas como Asakusa (Tóquio) e Kyoto. Entre os itens preferidos estão o Fami-chiki (frango frito) e uma linha própria de roupas, a “Convenience Wear”, incluindo meias com design inspirado no logotipo da loja.
Já a Lawson aposta nas redes sociais para dialogar com o público internacional. A empresa se comunica ativamente em plataformas como Weibo (China) e KakaoTalk (Coreia do Sul), além de criar campanhas locais com base nas sugestões de funcionários estrangeiros. Algumas lojas passaram a oferecer leite quente com material promocional em chinês e identificações visuais indicando quais idiomas os atendentes falam.
Fonte: Alternativa
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