Atividade das fábricas no Japão encolhe no ritmo mais rápido em 2 anos

A demanda piorou devido a fortes pressões inflacionárias, mostrou uma pesquisa

A atividade das fábricas no Japão contraiu no ritmo mais rápido em dois anos em novembro, uma vez que a demanda piorou devido a fortes pressões inflacionárias, mostrou uma pesquisa empresarial nesta quinta-feira (24).

A contração na atividade fabril também marcou o primeiro declínio mensal em 22 meses e levantou dúvidas sobre as perspectivas econômicas do Japão, já que o país depende fortemente do comércio com a China e outras nações para seu crescimento.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) au Jibun Bank Flash Japan caiu para um ajuste sazonal de 49,4 em novembro, de uma leitura final de 50,7 no mês anterior.

Isso significa que a atividade registrou a contração mais acentuada desde a leitura de 49,0 em novembro de 2020 e caiu abaixo da marca de 50 que separa a contração da expansão pela primeira vez desde janeiro do ano passado.

"As condições de demanda esfriadas e as pressões inflacionárias continuaram prejudicando a produção e os novos pedidos", disse Laura Denman, economista da S&P Global Market Intelligence, que compila a pesquisa.

"As empresas de manufatura também parecem estar cada vez mais cautelosas sobre seu futuro, conforme indicado por uma queda no sentimento dos negócios que colocou o índice em seu nível mais baixo desde maio."

A produção contraiu no ritmo mais rápido em mais de dois anos, caindo pelo quinto mês consecutivo, mostraram os resultados da pesquisa.

Novos pedidos de exportação e em geral também registraram quedas acentuadas.

A pesquisa mostrou que a taxa de inflação de preço de insumos caiu para uma mínima de 14 meses, sugerindo que as pressões de custo estavam diminuindo um pouco, embora os preços continuassem subindo em um ritmo historicamente alto.

A atividade no setor de serviços estagnou mesmo com a entrada de novos negócios crescendo pelo terceiro mês consecutivo.

Dados da semana passada mostraram que a economia do Japão encolheu inesperadamente pela primeira vez em um ano no terceiro trimestre, alimentando mais incertezas sobre as perspectivas, já que riscos de recessão global, iene fraco e custos de importação mais altos afetaram o consumo doméstico e as empresas.
Fonte: Alternativa com Reuters