O sistema está em fase de testes e ainda precisa melhorar, mas deve ser adotado até 2018
O Ministério da Justiça planeja adotar tecnologia de reconhecimento facial nos portões de imigração dos aeroportos, para lidar com o número crescente de visitantes estrangeiros em meio a número limitado de agentes da imigração, já em 2018.
Os titulares de passaportes japoneses e residentes estrangeiros de médio e longo prazo já podem usar os portões automatizados com leitores de impressão digital, desde que registrem suas impressões digitais e outras informações previamente, anunciou o jornal Mainichi Shimbum.
O site do Ministério da Justiça vem solicitando às pessoas que utilizem os portões automatizados, destacando a facilidade com que os usuários podem passar pelos procedimentos de imigração. Basta seguir as instruções na tela em cada cabine, e o registro do usuário pode ser concluído no mesmo dia do voo.
Os portões de digitalização de impressões digitais automatizados, que foram implementados nos aeroportos internacionais de Narita, Haneda, Chubu Centrair e Kansai, foram utilizados por cerca de 1.320 mil pessoas no ano passado.
Embora esse número foi quase sete vezes maior que em 2008, um ano após a adoção do sistema, a proporção por número de usuários ainda é de cerca de 4 por cento. A razão para o lento crescimento no uso de portas automatizadas é resistência generalizada ao fornecimento de impressões digitais.
É aí que a tecnologia de reconhecimento facial entra. O sistema lê dados de imagem facial de chips IC embutidos em um passaporte e compara com uma fotografia tirada no portão de imigração para determinar se é a mesma pessoa. Seu maior mérito é a sua conveniência. Sem registro prévio necessário, ao contrário de outros sistemas de identificação biométrica que requerem o registro de impressões digitais ou imagens de íris e scanners faciais, o sistema pode ler imagens tiradas a partir de uma certa distância. Austrália e Reino Unido adotaram a tecnologia para os procedimentos de imigração, em 2007 e 2008, respectivamente.
Em torno de 29.000 pessoas participaram do primeiro teste do equipamento. Nos casos em que o equipamento reconheceu as pessoas corretamente, foi necessário uma média de 17,4 segundos até completar o reconhecimento e que os portões se abrissem.
Normalmente, os oficiais de imigração demoram cerca de 25 a 30 segundos para liberar alguém, o que não é uma grande diferença, mas 90 por cento dos passageiros que participaram do teste afirmaram que usariam o equipamento, desde que não tivessem que aguardar muito na fila.
Um problema com o sistema é a taxa de erro de 17 por cento, ou seja, o sistema não reconhece de forma precisa uma em cada 5 ou 6 pessoas.
Embora existam inúmeras razões pelas quais isso acontece, a direção do rosto, brilho e franjas foram citados como os três principais fatores em 34 por cento, 18 por cento e 13 por cento, respectivamente. A direção em que o rosto está inclinado e se tem ou não franja variam de acordo com o usuário, mas o brilho varia dependendo da hora, data e local, e tem um impacto significativo.
A decisão de implementar os portões com reconhecimento facial foi adiada por causa desses erros, mas o governo pretende implementar até 2018, pois a previsão é de receber mais de 20 milhões de pessoas para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2020.
Fonte: Alternativa
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